Eu não sou nada sem fingir

Eu conheço as minhas falhas

Não consigo viver com elas.

Eu não sou nada sem um homem

Eu conheço os meus pensamentos

Mas eu não posso escondê-los.

Eu queria te dar tudo

Mas eu ainda permaneço em temor de coisas superficiais.

Pelas Convicções.

A gente acha que se enquadra por estar na faixa dos dezoito, a sensibilidade atingindo nosso clímax, e isso não quer dizer emoção. Estou cada vez mais ponderada. A sensibilidade de que falo é outra, é a percepção das realidades. Nos sentimos mais hábeis porque ficamos mais vividos, mas sei lá, idade é patente.
O relógio da mente bate diferente do relógio da alma. Marcam tempos desiguais, aquele que passa a se preocupar com rugas, com o primeiro casamento, a espera de passar na faculdade, a primeira noite na casa própria, o não planejado nascimento dos filhos, a viagem inesquecível com seu amor ao lado... pequenos sonhos querendo ser realizados. Claro, que tristezas também marcam esses dias, mal as preservamos.
 Esses dias vão ser anos que custarão semanas, ou semanas que durarão séculos. Sei lá.
Gente que passou batida apesar de figurarem muito tempo na agenda. Tristezas não pagam dívidas.
Vivendo, descubro a simplicidade nos outros que, antes não encontrava.
E no final sempre é assim. Compreendo mais que sou compreendida.
Sou fantasiosa, boa de papo. Com alguma qualidade, pouca quantidade.

Enfim, alcançamos brevemente.

"As coisas estão perdendo o controle e você deveria me dar um tempo. Até entender a razão disso , daquilo e de qualquer coisa. Seco, tempestuoso e irregular, você sabe como sou. Então, resta mais um tempo, antes que comece o turbilhão. Conte até três e faça silêncio, as luzes estão apagadas e cedo ou tarde, nós entenderemos o motivo; disso, daquilo e de qualquer coisa. A porta ainda está aberta, se quiser. A porta está aberta para os dois sentidos. Achei que nada disso tivesse real importância. Ocultei fatos desde o início. Eu nunca lanço uma carta aleatória. E sobre você, eu deixei aquilo enraizar-se e se desenvolver lentamente. Depois, só depois, eventualmente, talvez o efeito a faça entender." (John Wayne)

Os especta-dores.

Essa sensação de você me colocar em um palco maior,
de saber me derrubar;
e sempre com uma platéia
assistindo nossas graças, choros e abraços.



É tudo farça, cada dia é uma nova peça,
um espetacular desfloramento dessa vida rançosa.

Um silêncio absoluto se necessário, pra um mergulho melancólico.
Relembrar que tudo favorece a um genuíno desespero, medo, e total covardia.
Me veio uma ideia, uma liquidação de fígados estragados, mas não há dúvida que não teríamos lucro.
Por que na infância, meus pais não me disseram que a vida era tão custosa? E certamente que eu me nivelasse a isso.
Eu perdi de vista a minha rota, aquele barco onde estive me fez criar fantásticas miragens, me fez perceber que o sol e a brisa eram uma
das sensações mais prazerosas que o ser humano podia apreciar.
Você irá cogitar quando o tempo expirar, quem estará do seu lado nos fins dos dias?

Eu apertava forte minhas mãos, sangue subia à cabeça, enquanto segurava as lágrimas nas janelas dos olhos,
sentindo que estávamos nos separando. O que ele pensava que o fazia diferente, e ele pensava que era simples...
E eu pensava que poderia mudar as coisas.
Você mergulhou tantas vezes n'uma maré de egocentrismo,
mas me submeti a todos os riscos do seu lado.



Mas sabe de uma coisa... seria mais legal se todo dia,
fosse dia de tudo.
Dia de cair, apodrecer, morrer,
dia de levantar, enriquecer, viver.

Quando se precisa absorver energia das pessoas, quando precisamos expirar nossos problemas e tentar resolver com o nada-que-vem-ao-caso.
Me entaboquei numa noite agradável, chocolates entre o álcool e uma velha conversa despejada em uma taça de risadas bobas. Embora nunca tenha deixado de ser tímida, sei as oportunidades que perdi debitadas a esse acanhamento, mas creio que tenha feito bons relacionamentos ao longo do tempo.
Temer morrer por um cruzamento de complicações, problemas que deixei interminados, dúvidas que virão a ser pendentes. E tem meu pai, ele sempre procura achar as coisas ruins em mim, sendo um grande otimista miserável.

Eu costumava ser bem alegre, depois de um tempo as feridas começam a ser mais fortes e já não sabe como se cura..

O ar que habita em mim.
Ar vontade de sair
Ar que vem e quer ficar.

Ar tortura pra intoxicar,
ar esse que nega eliminar.

Ar, se não fosse esse teu perfume...